Plano com anúncios: pode melhorar

Imagem: Wikimedia Commons




A ideia de ter um plano mais barato e com anúncio é muito boa. Conforme falado na publicação anterior, propaganda é um ponto muito forte da Netflix — o que pode resultar em boas parcerias. E, com tantas coisas caras no país, um plano mais barato, ainda que não possibilite baixar seus programas e permita acesso apenas ao conteúdo original, é mais que bem-vindo. O problema do plano mais barato é exatamente isto: ele não é barato.
Embora tenha mais conteúdo em comparação às suas concorrentes e o novo plano seja um pouco mais de 1/4 (especificamente 27%) mais barato que o plano básico sem anúncios, ele é mais caro que os planos sem anúncios de concorrentes, por exemplo. 
O Prime, da Amazon (concorrente mais similar à Netflix), custa R$14,90 por mês — e ainda disponibiliza mais serviços. Mesmo reajustando o preço, o plano da Amazon é um ótimo custo-benefício, o melhor entre todos os serviços de streaming. A Netflix oferece um único serviço, tem planos com preços justos, e a sua nova assinatura teria um valor melhor mesmo se custasse os mesmos R$14,90 da dona da Alexa. O melhor preço, no entanto, é R$12,90 — praticamente 50% mais barato que o básico sem anúncio.
Os anunciantes podem trazer ótimos retornos para a matadora de locadoras. Porque não gostariam as anunciantes de ter o nome no serviço de streaming revolucionário? Elas dão preferência às líderes, como a líder em audiência na TV (Globo, por exemplo, que tem o horário comercial mais caro), a de rádio, canais de YouTube relevantes. Com tantas séries fortes em vários nichos, a Netflix pode fazer parcerias muito lucrativas e ter uma  assinatura mais barata ainda. 

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