O Evangelho segundo Lucas: Jesus, o homem perfeito

(2º Trimestre de 2015)

INTRODUÇÃO
I – O TERCEIRO EVANGELHO
II – OS FUNDAMENTOS E HISTORICIDADE DA FÉ CRISTÃ
III – A UNIVERSIDADE DA SALVAÇÃO
IV – A IDENTIDADE DE JESUS, O MESSIAS ESPERADO
CONCLUSÃO
O EVANGELHO DO HOMEM PERFEITO (LUCAS 1.1-4)

I – O contexto histórico do evangelho de Lucas
Lucas, o médico amado e fiel cooperador de Paulo (Cl 4.4; 2 Tm 4.11) era um engenhoso escritor e teólogo. O evangelho escrito por Lucas vem atender à necessidade da Igreja primitiva gentia de obter um documento que relatasse em língua grega e na devida ordem, o nascimento, ministério, morte e ressurreição de Jesus.
Por esta razão, o médico amado se dispõe em pesquisar e recolher em detalhes, todas as informações a respeito da vida de Cristo. Tais informações já eram conhecidas oralmente por boa parte dos crentes, sabendo que tanto judeus e romanos já possuíam os evangelhos de Mateus e Marcos, respectivamente destinados a estes povos que traziam o registro da mensagem do evangelho em suas línguas. Porém, os povos pagãos de língua grega careciam ter um registro para o seu conhecimento e também de sua posteridade.
Desse modo, Lucas escreve e destina este registro a Teófilo, cujo nome significa “amigo de Deus”, um grego a quem o evangelista tem muita estima e o trata de “excelentíssimo”, conforme o costume e civilidade de sua época.
II. O homem perfeito entra na história
Notamos que no evangelho de Lucas, Cristo é apresentado como o homem perfeito que surge na história. Diferentemente dos outros evangelhos, Lucas apresenta detalhes da vida de Jesus.
De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal, “o evangelho segundo Lucas começa com as narrativas mais completas da infância de Jesus (1.5—2.40), bem como apresenta o único vislumbre, nos evangelhos, da juventude de Jesus (2.41-52). Depois de descrever o ministério de João Batista e apresentar a genealogia de Jesus, Lucas divide o ministério de Jesus em três seções principais: (1) seu ministério na Galileia e arredores (4.14—9.50); (2) seu ministério durante a viagem final a Jerusalém (9.51—19.27); e (3) sua última semana em Jerusalém (19.28—24.43). Embora os milagres ocupem lugar de destaque no registro de Lucas sobre o ministério de Jesus na Galileia, o enfoque principal deste evangelho consiste nos ensinos e parábolas prediletas. O versículo determinante (9.51) e o versículo-chave (19.10) do evangelho ocorrem no início e perto do fim dessa seção especial” (CPAD, 1995, p.1498-99).
Nesse contexto, o Filho do Homem cumpriu inteiramente a vontade divina. Considerando que os povos de língua grega tiveram forte influencia filosófica, o evangelho de Lucas apresenta forte conotação poética destinada a um povo dado a meditação e ao pensamento. Isso nos mostra o cuidado de Deus em prover que a Sua Palavra chegasse a todos os povos e todos conhecessem a salvação que Deus providenciou pra a humanidade em Cristo Jesus.
Considerações finais
Portanto, para compreendermos melhor em que consiste a compilação do evangelista Lucas, torna-se indispensável conhecermos o contexto histórico que envolve esta importante e aperfeiçoada obra. Tais informações são relevantes para o estudo do evangelho.
A capacidade do autor de pesquisar e detalhar em sua língua nativa, ou seja, o grego, de uma maneira simples e efetiva, o que o evangelho confirma a respeito de Cristo, tornou-se fundamental para o conhecimento não só dos gentios daquela época, mas também para a igreja contemporânea que carecia de mais detalhes a respeito do Filho do Homem.
As particularidades do Jesus homem são exploradas, a fim de apresentá-lo como o homem perfeito que, se identifica com a humanidade e a compreende. Que possamos explorar o evangelho de Lucas e por intermédio dele, apresentar as alegações que provam o cuidado de Deus em prover a salvação à todos os que creem.
  


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