Os Santos Reformados (Parte 2)

Na Internet é fácil encontrar blogs e páginas das redes sociais que têm orientação reformada calvinista. Alguns têm bons conteúdos. De outros, é bom passar longe. Muitas páginas são feitas com o objetivo de defender o Evangelho. Outras, mostrar que o Calvinismo é o próprio Evangelho. Algumas têm como objetivo fazer postagens bem- humoradas. Outras, escarnecer todo mundo, inclusive outros cristãos. Em resumo, são muitas páginas, para todos os gostos. Porém, muitas delas, tanto as boas quanto as más, têm algo em comum: dão demasiado louvor aos seus famosos reformados.
"São João Calvino" encabeça a lista dos "santos reformados". O reformador francês, verdade seja dita, tem bons escritos e fez boas sistematizações. No entanto, muitos exageram na admiração por Calvino, a ponto  de adorá-lo, mesmo sem notarem.
"São Martinho", Lutero, especialmente neste ano, em que se comemoram os 500 anos da Reforma Protestante, recebe uma atenção especial. O alemão, "pai da Reforma" para alguns, teve um papel muito importante na educação, escrevendo belos hinos e outras obras, bem como fazendo a tradução da Bíblia Sagrada para sua língua materna. É claro que Lutero deve ser lembrado e receber a honra que lhe é devida, sem dúvidas. Porém, não deve receber louvor na mesma proporção de CRISTO.
San Paul, Paul David Washer, é, talvez, o pastor que mais deixa claro o quanto muitos reformados glorificam a alguns homens. Muitos só se tornaram reformados por causa de Washer. Este batista, que rejeita todo tipo de admiração exagerada a si mesmo, tem excelentes sermões. Gosto muito de assistir às suas pregações, que, basicamente, tem como tema as doutrinas fundamentais do Cristianismo, tais como a justificação, regeneração e santificação. Confesso que até eu, um arminiano, cheguei ao ponto de venerá-lo. É fato que Paul Washer parece ser um homem muito piedoso e influencia muitos cristãos, calvinistas ou não. Contudo, assim como qualquer ser humano, ele não é infalível ou inerrante.
Há outros "santos" não mencionados, como San Piper, San Charles, Santo Augustus, etc.
É importante ressaltar que o que se discute não é se estes homens citados são ou não homens de Deus. A questão é que o meio reformado, assim como outros, não está imune à idolatria. Qualquer coisa ou pessoa que recebe um louvor que não lhe é devido é idolatrado.
Está na hora de fazermos uma reflexão quanto a isso.

Texto: Peter Erick de Oliveira 
Revisão: Thiago Fidelis 

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